Se tens espírito de backpacker, de certeza, que me vais entender...
Não é fácil encontrar namorada(o) que nos acompanhe, pois não? Nem todas as pessoas estão dispostas a arriscar chegar a um destino sem ter uma única reserva de estadia ou abdicar dos luxos dos habituais hoteis e resorts e, no fundo, estar aberta a novas experiências, por vezes sem ter nada planeado.
Procurar aquele perfeito pôr do sol pode levar-te a caminhar durante horas, e se já assisti a pores do sol fenomenais que valeram cada passo!! E mais uma vez, andar quilómetros pode ser uma desmotivação para alguns... há sempre um “dói-me os pés...”; “falta muito?” e uma cara de frete a acompanhar!
As condições climatéricas nem sempre são as melhores e estar debaixo do sol intenso ou no frio de rachar, e ainda assim conseguir encontrar motivos para sorrir não é para todos!
Achar alguém com quem possas chegar ao aeroporto, sem nada previsto, e comprar o bilhete para o próximo voo que houver. ;)
Para mim, a melhor companhia é aquela que vai partilhar, aproveitar e entusiasmar-se contigo e tanto como tu!! Adorar a natureza e saber apreciar a simples vista no cimo de uma montanha vulcânica sem se queixar a cada 2 minutos do cheiro a enxofre. Ter paciência enquanto tu tentas tirar aquela foto perfeita, seja qual for a paisagem. Não te estragar as memórias de lugares magníficos com discussões de típica relação sufocante. Saber respeitar o teu espaço de quando precisas estar sozinho(a), nem que seja numa simples corrida matinal onde diariamente tens o TEU momento. Surpreender-te com pequenos presentes, sejam eles um jantar numa praia deserta, ou uma simples pulseira improvisada na hora. Concordar que viajar é tentar conhecer ao máximo a essência de cada povo, raça e cultura.
Não é fácil encontrar namorada(o) que nos acompanhe, pois não? Mas não há nada como uma viagem para ajudar a tirar isso a limpo. Confesso que raramente tive coragem de dar esse passo, talvez porque poucas foram as namoradas que tive, com esta disposição. Adoro viajar sozinho, no entanto acredito que se tiveres a pessoa certa do teu lado, será perfeito. Mais vale só que mal acompanhado. Mas mais vale bem acompanhado do que só.
Na verdade a primeira coisa que deves fazer, é entender que tipo de viagem queres. Cultura? Praia? Museus? Qualquer que seja o teu propósito, existem sempre formas de poupar e tornar tudo bem mais barato. O ideal é criares a tua própria balança, em que vais escolher os pontos onde estás disposto a economizar para que te permitam gastar um pouco mais noutros.
Vou aqui deixar as algumas dicas que te podem ajudar:
1ª Hospedagem Aqui podes poupar bastante se souberes escolher bem o sítio. Eu gosto de chegar a um país novo e procurar de porta em porta a melhor opção. Mas cuidado, informa-te sempre com antecedência se o destino em questão é de muita procura, para não correres o risco de lá chegares e teres tudo completamente lotado. Hostel, e hoteis low cost custumam ser a minha escolha. Se te sentires mais aventureiro, experimenta o couchsurfing.
2º Bilhete de avião Por norma as viagens de longa distância podem sair ao mesmo preço, ou até bem mais em conta, que um voo na Europa. Tens que ter muita paciência e procurar muito bem por vários sites e companhias. Nunca compres no primeiro que encontras. E se tiveres flexibilidade em datas, faz simulações com opções para diferentes dias.
3º Alimentação Aqui também, vai variar muito do destino em questão. Se fores para países do sudoeste asiático ou América do Sul, as refeições são muito baratas e não vais sentir grande dificuldade em economizar neste sector, mas se andares pela Europa a história é outra. Nesse caso, sugiro que evites cafés e restaurantes. Procura supermercados, e tenta cozinhar no hostel ou na casa que alugares, se for o caso. Para além de que nos mercados irás conseguir encontrar alimentos bem locais e tipicos da região.
4º Melhor época para viajar Evita viajar em época alta. Isto vai influenciar tudo o resto. Os preços vão variar imenso, e a viagem pode ficar ridiculamente mais cara, apenas por este ponto. Informa-te sempre deste promenor antes de comprares a tua passagem, porque a alta e baixa temporada varia muito de zona para zona.
5º Viaja de mochila Neste ponto já toquei várias vezes. (por razões óbvias) Se levares uma mala pequena e com tudo aquilo que necessitas para a viagem, vais ter muito pouco espaço para guardar compras. Logo, vais gastar muito menos, precisamente porque não tens onde guardar bujigangas.
6º Transporte Em cada país, ou cidade, os preços dos meios de transporte vão variar imenso. Vais encontrar cidades, maioritariamente na Europa em que o bus e metro são mais em conta. Mas também tens cidades como o Dubai em que andar de taxi sai ao preço da chuva. Seja como for, pesquisa sempre porque podes poupar muito dinheiro nos transportes que usas.
7º Planeia a tua viagem Eu adoro viajar de forma livre e com espírito de aventura. Raramente faço um roteiro com limitações ou horários. No entanto, acho que se pesquisares e reunires o máximo de informação do teu destino, vais conseguir economizar bastante e agarrar boas estratégias para que consigas evitar gastos desnecessários. Viaja à descoberta mas tenta levar informação útil de casa.
Quem é que não conhece o clássico "The Beach", com Leonardo DiCaprio?? Pois bem, esta baía foi o cenário de gravação desse mítico filme no ano 2000. Maya Bay, fica situada nas famosas ilhas Phi Phi. Ouvi dizer que há 20 anos estas ilhas eram um verdadeiro oásis, que poucos tinham o privilégio de descobrir, mas hoje em dia transformaram-se e estão carregadas de turismo, festas e loucura. No entanto não é das Phi Phi que vos quero falar neste momento... MAYA BAY! Sim... Esta sim, vale toda a atenção.
Desde as gravações do filme, que aquela praia nunca mais foi a mesma. Aquilo que já foi uma ilha completamente desconhecida, tornou-se num dos sítios mais procurados do mundo. Exacto, isto significa que ao visitares esta beleza natural, não irás conseguir uma única foto, sem teres um chinês com um selfie stick por trás de ti. É aqui que eu entro para te ajudar...
Como é que fazes para fugir a essa multidão e teres a praia (quase) toda só para ti? Tens duas formas:
1º Passa 1 noite na ilha Na altura em que lá estive, não sabia da existência desta hipotese de lá dormir. Por isso se vais lá, e estás a ler isto, tens mais sorte que eu. Exste apenas uma única agência que está autorizada a pernoitar na ilha, num barco ancorado na baía com um grupo de 20 turistas. Podes reservar neste link e desfrutar de 1 noite nesta ilha apenas com mais uns quantos priviligiados. http://www.mayabaytours.com/
2º Aluga um barco Esta foi a maneira que eu encontrei de conhecer aquela baía sem ter turistas a atrapalhar. No dia anterior falei com vários pescadores e negociei preços para me transportarem até à ilha pelo amanhecer. Mas na Tailândia torna-se impossivél sair de barco, do cais, porque a maré baixa significativamente durante a noite, e só a partir das 7h é possível embarcar. E foi o que eu fiz. Combinei com um pescador às 7h e lá arrancámos assim que a água o permitiu. Quando lá cheguei já se viam pessoas, mas muito, muito poucas, Por instantes tive o areal só para mim! E garanto-te, VALE MUITO A PENA!
Esta ilha, é das poucas, que permanece praticamente intocavél. Lá não encontras uma única banca, café ou esplanada. A única forma de turismo, são mesmo apenas as excursões que carregam diariamente milhares de turistas durante o dia. Quando o sol se põe, volta à tranquilidade. Com a areia mais clara que já toquei, e a àgua mais transparente que já vi.
Eu garantidamente vou lá voltar para pernoitar na ilha! Para mim, o paraíso fica na Tailâdia e tem o nome de Maya Bay!
Posso te garantir que adoro viver em Portugal, mas bastaram pouco mais de 24 horas para perceber que facilmente trocaria uma temporada de Lisboa por Amesterdão.
Tens um clima de m%#$@, o que para os amantes de praia e sol, como eu, é uma desvantagem que posso apontar mas….
Amesterdão é mesmo muito envolvente. Tem uma organização fora do vulgar e fiquei totalmente fascinado com as cores da cidade! As bicicletas, como todos nós sabemos, são o principal meio de transporte, logo aí ganha pontos. Consegues conhecer praticamente qualquer lugar a pé. Que ENORME vantagem para nós, BACKPACKERS. Tens imensos sítios para visitar and, guess what??? São realmente interessantes!
Não te vou dar um lista infindavél do que visitei nem de tudo o que gostei, dou-te apenas 3 sítios obrigatórios que tens de visitar:
1º CANAIS
É impossivél não incluir os canais de Amesterdão como uma das principais atrações. Existem imensas companhias que efectuam viagens por toda a cidade, com várias opções e pacotes de preços bastante acessíveis. Mas caso nem queiras andar de barco, podes simplesmente passear à beira dos canais. Vais conseguir fotos magnificas.
2º BODY WORLDS
Nem penses passar por Amesterdão e não visitar este local. São 6 pisos de exposição, que te apresentam partes de tecidos, células e orgãos do corpo humano. Lá encontrei corpos fixados nas mais diversas posições desde a andar de bicicleta ao acto sexual. Lá podes encontrar orgãos acometidos por doenças como cancro, Fiquei bastante impressionando com tudo o que vi, especialmente depois de saber que toda a exposição é feita com corpos reais.
3º RED LIGHT DISTRICT
Este é um marco desta cidade liberal e, garantidamente, esta rua não é para todas as audiências! É a parte mais antiga da cidade, totalmente iluminada por neons, com um canal no meio que atravessa toda a rua, carregada de prostituição e pubs. Não é muito elegante mas sem dúvida que é interessante e um dos lugares obrigatórios a conhecer.
Para os amantes de museus e centros históricos, tens um leque gigante à tua mercê. Desde o Van Gogh ao Rijksmuseum. Passando pela Anne Frank House (casa onde a família Frank se escondeu dos nazis durante a 2ª guerra mundial).
O MEU CONSELHO
Eu defendo que viajar não passa apenas por visitar atrações, mas sim conseguir captar a alma do local e esta cidade tornou-se umas das mais extraordinárias que já visitei.
Toda esta atmosfera faz com que Amesterdão seja, para mim, um dos destinos mais românticos da Europa. É uma cidade tolerante e diversificada, onde vais aprender a desfrutar de pequenos prazeres.
Passeia pela cidade, aprecia as ruas, senta-te numa esplanada e saboreia aquela energia...
Todos temos gostos singulares e nem faria sentido ser de outra forma. Eu, particularmente, não gostei da cidade Dubai. Confesso que a estadia foi curta, mas pelo que me deu a entender, 3 dias chegam e sobram para estoirares uma carrada de dinheiro e saíres de lá com a sensação de que só viste prédios e uma praia artificial... O que mais te posso dizer em relação ao mediatismo que torna esta cidade tão popular entre nós? Bem... Não encontro explicação.
Pelo que percebi os pontos turisticos, e que realmente valem a pena visitar são poucos, aqui tens uma pequena lista:
Burj Khalifa - Este é o edificio mais alto do mundo com 828 metros de altura, e com 163 andares. Sim é mesmo alto, podes subir até ao topo do 124 andar. Mas a ideia de estar numa fila de espera de 2/3 horas e pagar bem mais do que está no orçamento, não me atraiu e limitei-me a vislumbrar cá de baixo. Bastou...
Dubai Mall - Maior centro comercial do mundo. Epah... Disso temos nós aqui aos pontapés, a diferença é que aquilo parece ter o tamanho de uma cidade e é tudo super caro.
Jumeirah Mosque - Não visitei.
Jumeirah Beach - Depois de conheceres praias na Tailândia, nas Gili ou até mesmo em Portugal, esta praia vai ser desilução na certa. No entanto gostei do pôr do sol.
Aquário de Dubai - Maior aquário do mundo e fica dentro do Dubai Mall. Uma coisa é certa, lá tens quase tudo com a descrição "maior do mundo". No entanto, não achei nada de extraordinário.
Sheik Zayed Road - É a avenida com os maiores e mais altos edifícios de Dubai. Para quem gosta de ver prédios é interessante.
Gold Souk - Um mercado popular especializado na venda de ouro.
Fonte das águas dançantes - A partir das 18h a cada 30 min, podes assistir a um show de águas que dançam ao som da música. Tem a duração aproximadamente de 5 min. Cativa diaramente milhares de pessoas que se juntam para assistir ao espectáculo. Fica na parte exterior do Dubai Mall, com vista para o Burj Khalifa. É giro, principalmente se for à noite.
Burj Al Arab Hotel - Considerado o único hotel sete estrelas do mundo. Podes ter vista priviligiada para o hotel através da Jumeirah Beach. A reserva em um dos seus restaurantes serve como porta de entrada para conhecer o hotel. Não entrei, fiquei-me pela vista da praia.
Safari no deserto - Ora aqui está a única coisa que realmente acho que vale a pena conhecer nesta cidade para magnatas. O DESERTO! E por incrivél que pareça, não consegui lá ir. A reserva tem de ser feita com cartão de crédito, e eu tive alguns problemas que não me permitiram utilizar o cartão. No entanto, se lá voltar, concerteza será para fazer um safari pelo deserto do Dubai.
Dubai é uma cidade muito cara e com pouca atração para quem gosta de viajar de mochila. Acredito que, se fores para lá morar, com o tempo aprendas a apreciar um pouco mais e consigas viver de uma forma mais económica. O preço dos taxis são acessíveis mas, de resto, é complicado para quem vem de fora saber contornar esse problema. Pareceu-me tudo muito artificial e muito pouco apaixonante e apesar de ser uma cidade mais liberal não deixa de ser num país muçulmano, com imensas regras a respeitar.
Sou apologista que devemos conhecer todos os cantos do mundo, mas Dubai, não recomendo a menos que seja de passagem.